Não é mais medo, é simplismente uma vontade de não se arriscar. É como se todos os sinais possíveis me falasse: ou vai em frente ou se fode, bem. Eu acho que quando a vida vai insistindo mais pra gente viver, mais medo temos. É como se você fosse para uma festa e tivesse tudo para ser boa, mas você não estivesse realmente feliz com aquilo. Estar rodeado de familiares e amigos, mas não se sentir... completo, e sim, sozinho. É uma solidão diferente, pois você sabe que tem muita gente ao seu lado. Um monte de gente que tá aí, para o que der e vier, mas você não sabe até quando. Posso dizer que, pessoalmente, eu disfarço bem a minha solidão. A solidão diferente, disfarçada com alegria meio forçada e amores mal amados. Disfarçada com livros cheios de palavras escalafodéticas e filmes franceses com putaria e palavreados fortes. Disfarçada com poesias das pessoas mais deprimidas que podiam ter existido. Disfarçada com o fim do disfarce, nas noites, chorando sem saber o por quê das lágrimas estarem caindo. Afinal, não existem por quês. Chorar é a declaração da minha fraqueza, só que escondida, encoberta, para que ninguém veja. Sinceramente, sempre tive esse medo de que me achassem fraca, pois a fraqueza não é lá a melhor característica que podemos ter... mas sim, sou uma fraca. Uma fraca que se preocupa, se apaixona facilmente, se ilude, chora. Uma fraca que tenta levar os fracos para o caminho dos fortes, mas que não se leva para lá. Uma fraca que ao invés de ceder, de falar 'desisto', luta para, mesmo se se foder, falar 'tentei, há'. Uma fraca diferente, pois, não quer mostrar suas fraquezas, mas faz a questão de escrevê-las num blog de textos com auto-ajuda. Não é mais um medo de mostrar a fraqueza, é medo de no futuro, ter medo do que achem disso tudo. Mas aí está: eu nunca tive medo nem me preocupei com o que achassem de mim, da minha vida. Todo mundo sempre me viu como a menina que faz amizades dentro do ônibus, com gente mais velha e mais nova... e sempre demonstrando ser que é. Por que, justo agora, justo eu, teria medo disso? Não é medo. Não é receio. É fraqueza.
Fraqueza... esse é o meu pior erro. Mas vamos lá: a vida continua, sou feliz, tenho gente legal para me acompanhar nessa longa jornada e dias piores estarão comigo para poder postar aqui.
(e como de costume: só posto merda).
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