sexta-feira, setembro 10, 2010

Ponto de vista.

Diferentes, distantes e nunca os mesmos, estou afundando em um mar de lamentações, onde o sol brilha mais forte e os dias são de sonhos, alheios, outrora meus, hoje alheios. É quente e tem mar, quando é frio tem vento sul, as pessoas e seus conceitos de beleza, erudição, classe, tudo se modifica e é mais belo quando contado por terceiros, as musicas dizem bobagens e transferem o paraíso para minha ilha cárcere, cárcere mental, psicológica e sem muita perspectiva.
Um ponto de vista diz da minha vida uma maravilha, os que a vêem de fora crêem realizada, os que estão dentro e são muitos não se encontram e não se perdem, vivem inertes e sem rumo, os pontos de vista são contraditórios, você não é se não se existe para outros, você não existe senão em sociedade, portanto, é o que a sociedade quer que seja, e os que vivem em você o que são?
Somos sempre o reflexo de nós, o espelho, sem ser visto não tem como ser definido, o que julgamos ser não tem nenhuma importância, chega perto quem sabe o que é para os outros, o que eles viram nunca será o que realmente foi. Estamos tão desesperados para sentir algo, que nos jogamos uns nos outros, assim destruimos nossos caminhos, deixamo-nos levar por aquilo que julgam ser quem somos, estamos perdidos em busca de nada.






Que tempos difíceis eram aqueles: ter a vontade e a necessidade de viver, mas não a habilidade. 

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As palavras que dizemos ficam gravadas em nosso inconsciente e se misturam ao nosso destino. Esta é uma lei inevitável, e por isso nossa vida é, de fato,resultado do nosso pensamento.