sexta-feira, junho 25, 2010


Vais e voltas mais depressa do que as ondas do mar. Volta afasta-me o cabelo dos olhos, e dizes-me que desta vez é para sempre. Eu acredito, porque nos teus olhos tens a fotografia do nosso primeiro beijo. Ficas, abraças-me, e juras ter tido saudades minhas, eu acredito mais uma vez porque tu, na tua voz calma cantas a música mais bonita do mundo. Agora estamos só nós os dois, eu encosto-me em ti como já não fazia à muito tempo, tu beijas-me a testa como no nosso último adeus, e eu volto a sentir-me protegida. Eu sabia que isto ia ser assim outra vez. Afinal, é sempre assim. Vais e voltas, voltas e vais. Vais, pedes-me que não te esqueça porque mais tarde ou mais cedo irás voltar, e eu aceno com a cabeça com mais uma lágrima perdida, mais uma das milhares que ficam escondidas. Vais, silencia um novo adeus, eu aperto as minhas mãos, e o meu coração sufoca em silêncio ao ver-te distanciado de mim. Vais, rasgas a fotografia dos teus olhos. Vais, destróis a canção da tua voz. Vais, esqueces o nós. Vais e voltas mais depressa do que as ondas do mar. Vais, e eu fico à espera que voltes para poder ouvir-te dizer mais uma vez ‘para sempre’.

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As palavras que dizemos ficam gravadas em nosso inconsciente e se misturam ao nosso destino. Esta é uma lei inevitável, e por isso nossa vida é, de fato,resultado do nosso pensamento.