terça-feira, junho 22, 2010


A guerra acabou, me encontro andando no tal caminho que termina no paraíso, o que ainda resta? Uma insignificante queimadura no músculo que, por fim, bombeia o sangue sujo e fraco pros meus membros de boneca; o músculo que mais me dá dor. Meu coração de tinta! Eu estou com medo... Ah, como eu queria que você estivesse aqui... Queria poder sentir as ondas de sua voz batendo graciosamente em minha pele, queria ouvir você me contando histórias e histórias através de acordes. Adormecer em seus braços e te encontrar em meus sonhos, diante de carícias impossíveis, flutuarem na mais alta nuvem, e mergulhar no mais profundo oceano; fazendo então todo esse momento durar em um mundo só nosso, onde viveríamos calmamente felizes, sentados em frente à lareira, abraçados, sorrindo, trocando palavras indescritíveis por olhares, o tempo pararia! Pararia durante um beijo. Vivendo felizes para sempre. Contos de fadas? Só quando me assombra e grita minha vontade de sorrir. Porque mesmo que um dia essa euforia anoiteça... Amar você poderá ter sido tocar o fio invisível que une toda a delicadeza. E a razão do meu tão constante desalento, a dor de não suportar a saudade desconhecida de cada movimento. É um sentimento que amortece! Por tantas pétalas caídas, depois de tanta coisa que acontece... Tudo ainda prevalece! Queimaram-se lembranças e muito mais que não se conhece. Ah queria você me abraçando no amanhã que nunca chega. Eu quero, COMO EU QUERO um dia sentir seu corpo junto do meu! Só continuo ao relento, assistindo ao pôr-do-sol sozinha, esperando o tempo torturante passar, aqui, de olhos fechados... Tenho que parar de sonhar ;;

“Eu já havia morrido, mas ao ouvir sua voz, sem querer eu despertei”.

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As palavras que dizemos ficam gravadas em nosso inconsciente e se misturam ao nosso destino. Esta é uma lei inevitável, e por isso nossa vida é, de fato,resultado do nosso pensamento.